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Futuras Enfermeiras

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Ceará, Brazil
Ana Caroline,Joana Darc, Nivia Maria e Renata Miranda. Somos acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio em Juazeiro do Norte - CE.

domingo, 23 de maio de 2010

TAQUICARDIA VENTRICULAR

As taquicardias ventriculares podem ser classificadas de acordo com a manifestação clínica em hemodinamicamente estáveis (assintomáticas ou leves palpitações) ou instáveis (pré-síncope ou síncope). De acordo com a apresentação eletrocardiográfica dividem-se em”não-sustentadas (três ou mais batimentos, terminando espontaneamente em menos de 30 segundos) ou sustentada (com duração maior que 30 segundos).

A freqüência cardíaca na TV situa-se entre 100 e 250 bpm, sendo habitualmente em torno de 180 bpm, com batimentos regulares. Segundo os conceitos de Rosenbaum as TV podem ter três locais de origem: 1. o ventrículo direito, que dará padrão de bloqueio completo do ramo esquerdo; 2. a metade ântero-superior do ventrículo esquerdo, que dará o padrão de bloqueio de ramo direito mais bloqueio fascículo posterior esquerdo; 3. a metade póstero-inferior do ventrículo esquerdo, que dará o padrão de bloqueio do ramo direito mais bloqueio fascículo anterior esquerdo. Todos os complexos da TVP são idênticos entre si, excetuando-se os complexos de captura e/ou de fusão.
Ocasionalmente, pacientes com corações de normofologia normal, podem ter TV sustentada, desde que, a taquicardia possa produzir importante comprometimento hemodinâmico, determinando ou agravando isquemia subclínica.

DIAGNÓSTICO
No diagnóstico da TV, além do diagnóstico preciso da mesma, é igualmente importante uma história clínica completa, ressaltando-se as circunstâncias que a TV ocorre, quais os fatores precipitantes, se existe relação com o esforço físico e/ou tensão emocional e quais os sintomas que acompanham a taquicardia. E importante definir se existe cardiopatia isquêmica concomitante, ou uso de medicamentos arritmogênicos, ou causadores de pró-arritmia. Enfim, é preciso que se faca um inventário amplo do com texto clínico em que a arritmia ocorre.
O teste ergométrico, dá informações sobre a tolerância do indivíduo ao esforço físico e de sua reserva cardíaca, a presença de possível patologia isquêmica associada e a precipitação da arritmia com o esforço e/ou período de recuperação, bem como seu padrão eletrocardiográfico.
O ecocardiograma fornece dados funcionais da dinâmica cardíaca, sobretudo ventricular, no esclarecimento da etiologia da arritmia.
Cardioestimulação Transesofagiana – (CATE) O registro de derivação esofágica, nos pacientes que apresentam TV sem repercussão hemodinâmica significativa e em que tenhamos dificuldade de diferencia-la de um taquicardia paroxística supraventricular com condução aberrante, constitui um recurso diagnóstico bastante útil, pois, quando se consegue caracterizar ondas “P” dissociadas do QRS, reforça do diagnóstico de TV.

TRATAMENTO

De uma maneira geral, o tratamento da TV é determinado, primeiro, pela presença ou não de uma cardiopatia subjacente; segundo, pela freqüência ventricular e sua periodicidade; e terceiro, pelo comprometimento hemodinâmico por ela determinado, pois somente desta forma a relação risco-benefício do uso das drogas antiarrítmicas ou do tratamento cirúrgico da TV poderia justificar de uma maneira racional e individualizada o emprego dos procedimentos terapêuticos.

Nem sempre a TV necessita de uso de drogas antiarrítmicas ou qualquer outra forma de terapia. O tratamento da TV vária de acordo com sua forma de apresentação, a causa básica e as condições gerais do paciente.
Tratamento cirúrgico – De uma maneira geral o tratamento cirúrgico está indicado nos casos de TV refratária ao tratamento clínico farmacológico e/ou estimulação artificial por marca-passo.
Estes pacientes devem ser selecionados após estudo eletrofisiológico detalhado, pois requer cirurgia a “céu aberto”.
Dentre os procedimentos mais utilizados temos:

1. A simpatectomia cervical ou o bloqueio do gânglio estrelado que e particularmente útil em pacientes com síndrome do QT longo;
2. Aneurismectomia com excisão endocárdica na área do foco de taquicardia, determinada pelo mapeamento endocárdico;
3. Ventrículotomia no local da TV determinado pelo mapeamento endocárdico;
4. Aneurismectomia simples, caso o mapeamento endocárdico localize o foco arritmogênico dentro do saco aneurismático.
5. Aneurismectomia ou Ventrículotomia com circundamento endocárdico;
6. Técnicas crioablativas.

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