Mais recente descoberta sobre a enxaqueca saiu de um centro de pesquisas brasileiro e ganhou as páginas do Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, da prestigiosa Associação Médica Britânica. A última edição da revista traz um estudo de médicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sob a coordenação do neurologista Mario Peres, os pesquisadores examinaram a influência do hormônio melatonina, que induz o sono, nos casos de enxaqueca crônica diária. Foi observado que os enxaquecosos sofrem um atraso no pico de produção da substância – o organismo costuma fabricar uma maior quantidade de melatonina seis horas depois do anoitecer. Se o retardo é que provoca a enxaqueca ou se é a enxaqueca que leva ao desequilíbrio hormonal, ainda não se sabe. Mas foi importante estabelecer a relação, porque ela pode abrir caminho para o desenvolvimento de novas drogas contra o mal. "O próximo passo é avaliar o efeito da reposição de melatonina nos pacientes", explica Peres. Essa fase da pesquisa deve começar em breve.
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