Vasculite significa inflamação dos vasos sanguíneos. A inflamação de um vaso sanguíneo leva ao espessamento de sua parede, que por sua vez, diminui a luz por onde passa o sangue. Conforme esse espessamento progride, o vaso pode se fechar, cessando o fluxo sanguíneo por completo. Se não tratada a tempo, a vasculite leva a cicatrização, necrose e morte definitiva dos vasos acometidos.
As vasculites podem acometer qualquer tipo de artéria ou veia e lesar desde grandes vasos como a artéria aorta, até vasos microscópicos com arteríolas dos olhos ou dos rins.
As vasculites podem ser dividas pelo tamanho dos vasos acometidos:
Vasculites de grandes vasos:
- Arterite de Takayasu = É uma vasculite que acomete grandes artérias, principalmente aquelas mais próximas do coração como a artéria aorta e seus ramos.
- Arterite temporal (arterite de células gigantes) = Também acomete grandes artérias, principalmente a aorta e os vasos da face.
Vasculite de médios e pequenos vasos:
É uma vasculite que acomete vasos de tamanho médio e pequeno, poupando a aorta. Podem ou não estar associada a outras doenças como lúpus, hepatite, esclerodermia e neoplasia. As mais comuns são: Poliarterite nodosa, Doença de Kawasaki, Vasculite primária do sistema nervoso central, Tromboaneíte obliterante (doença de Buerger).
É a vasculite que acomete os pequeníssimos vasos dentro dos órgãos. Também podem ser primárias ou secundárias. As principais são: Vasculite de Churg-Strauss, Púrpura de Henoch-Schönlein, Granulomatose de Wegener, Crioglobulinemia, Doença de Behcet, Poliangeíte microscópica.
Sintomas da vasculite:
Diagnóstico das vasculites:
O diagnóstico baseia-se na avaliação dos sintomas clínicos por um especialista juntamente com os resultados dos exames de sangue e urina e os exames de imagem (como ecografias, radiografias, tomografia, ressonância nuclear magnética ou angiografia) e, quando apropriado, confirmado pelos achados na biópsia dos tecidos.
Tratamento das vasculites:
O tratamento das vasculites é complexo e de longa duração. O objetivo principal é controlar a doença o mais rapidamente possível (terapêutica de indução) e manter o controle a longo prazo (terapêutica de manutenção) ao mesmo tempo evitando efeitos adversos desnecessários. Os corticosteróides provaram ser os mais eficazes em combinação com medicamentos imunossupressores (ciclofosfamida) a controlar a doença. Os medicamentos utilizados no tratamento incluem a azatioprina, metotrexate e ciclosporina A, conjuntamente com uma dose baixa de prednisona. Vários outros medicamentos também se mostraram úteis para suprimir a ativação do sistema imunológico e a combater a inflamação. São escolhidas numa base estritamente individualizada, habitualmente quando os outros medicamentos mais comuns, falharam. Incluem os agentes biológicos (por exemplo medicamentos anti-TNF), colchicina e talidomida. No tratamento prolongado com corticosteróides, a osteoporose pode ser prevenida usando medicamentos contendo cálcio e vitamina D. Os medicamentos que previnem as tromboses e oclusão de vasos sanguíneos podem ser prescritos (aspirina em dose baixa) e, em casos de hipertensão arterial, também medicamentos para controle da pressão arterial. A fisioterapia pode ser necessária para melhorar a as alterações musculo-esqueléticas. Pode ser necessário apoio psicológico e social para o paciente e para a sua família.
Mt bom o post!
ResponderExcluirgostaria de ver a referencia do post, principalmente no que se trata a fisioterapia.
se puder, edutoste@ig.com.br
att,
Eduardo