Futuras Enfermeiras
- Patologia Fácil
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- Ana Caroline,Joana Darc, Nivia Maria e Renata Miranda. Somos acadêmicas de Enfermagem da Faculdade Leão Sampaio em Juazeiro do Norte - CE.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Esclerose Múltipla (EM)
A esclerose múltipla (EM) e uma doença neurológica crônica, desmielinizante, de caráter auto-imune, que acomete o sistema nervoso central em indivíduos com predisposição genética. Ela afeta adultos jovens, principalmente mulheres entre 20 e 45 anos. Os homens também são afetados, embora com menor frequência.
A evolução da EM varia de uma pessoa para outra podendo se manifestar sob quatro padrões:
• Forma surto-remissão (ou remitente-recorrente): corresponde a 85% dos casos. Não ocorre progressão entre os ataques.
• Forma progressiva primaria: corresponde a 10% dos casos. Há uma progressão gradual da incapacidade desde o inicio.
• Forma progressiva secundaria: caracteriza-se por um curso gradual e progressivo após um padrão inicial de surto-remissão. Corresponde a aproximadamente 80% dos casos após 25 anos de doença.
• Forma progressiva em surtos: raramente ocorre. Caracteriza-se por recaídas agudas sobrepostas a um curso progressivo primário.
Os sintomas variam de paciente para paciente, dependendo da área afetada do cérebro, e os mais frequentes são: perda súbita da visão ou visão dupla, formigamento, dormência ou perda da força em braços e pernas, desequilíbrio, fadiga, e movimentos incoordenados.
O diagnóstico da EM é baseado em uma ampla investigação do histórico do paciente e no exame neurológico. Havendo a suspeita, passamos para a realização de exames que nos auxiliam no diagnóstico: ressonância magnética do crânio, potencial evocado multimodal e a punção lombar.
O tratamento da EM pode ser dividido em duas partes. Na fase aguda, os surtos são tratados, visando a diminuir sua duração. A fase de manutenção envolve o uso de drogas imunomoduladoras, que podem modificar o curso da doença, diminuindo o número de surtos e prevenindo a incapacidade.
http://www.icbneuro.com.br/paginas/pdf/artigos/esclerose.pdf
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
VASCULITE
Vasculite significa inflamação dos vasos sanguíneos. A inflamação de um vaso sanguíneo leva ao espessamento de sua parede, que por sua vez, diminui a luz por onde passa o sangue. Conforme esse espessamento progride, o vaso pode se fechar, cessando o fluxo sanguíneo por completo. Se não tratada a tempo, a vasculite leva a cicatrização, necrose e morte definitiva dos vasos acometidos.
As vasculites podem acometer qualquer tipo de artéria ou veia e lesar desde grandes vasos como a artéria aorta, até vasos microscópicos com arteríolas dos olhos ou dos rins.
As vasculites podem ser dividas pelo tamanho dos vasos acometidos:
Vasculites de grandes vasos:
- Arterite de Takayasu = É uma vasculite que acomete grandes artérias, principalmente aquelas mais próximas do coração como a artéria aorta e seus ramos.
- Arterite temporal (arterite de células gigantes) = Também acomete grandes artérias, principalmente a aorta e os vasos da face.
Vasculite de médios e pequenos vasos:
É uma vasculite que acomete vasos de tamanho médio e pequeno, poupando a aorta. Podem ou não estar associada a outras doenças como lúpus, hepatite, esclerodermia e neoplasia. As mais comuns são: Poliarterite nodosa, Doença de Kawasaki, Vasculite primária do sistema nervoso central, Tromboaneíte obliterante (doença de Buerger).
É a vasculite que acomete os pequeníssimos vasos dentro dos órgãos. Também podem ser primárias ou secundárias. As principais são: Vasculite de Churg-Strauss, Púrpura de Henoch-Schönlein, Granulomatose de Wegener, Crioglobulinemia, Doença de Behcet, Poliangeíte microscópica.
Sintomas da vasculite:
Diagnóstico das vasculites:
O diagnóstico baseia-se na avaliação dos sintomas clínicos por um especialista juntamente com os resultados dos exames de sangue e urina e os exames de imagem (como ecografias, radiografias, tomografia, ressonância nuclear magnética ou angiografia) e, quando apropriado, confirmado pelos achados na biópsia dos tecidos.
Tratamento das vasculites:
O tratamento das vasculites é complexo e de longa duração. O objetivo principal é controlar a doença o mais rapidamente possível (terapêutica de indução) e manter o controle a longo prazo (terapêutica de manutenção) ao mesmo tempo evitando efeitos adversos desnecessários. Os corticosteróides provaram ser os mais eficazes em combinação com medicamentos imunossupressores (ciclofosfamida) a controlar a doença. Os medicamentos utilizados no tratamento incluem a azatioprina, metotrexate e ciclosporina A, conjuntamente com uma dose baixa de prednisona. Vários outros medicamentos também se mostraram úteis para suprimir a ativação do sistema imunológico e a combater a inflamação. São escolhidas numa base estritamente individualizada, habitualmente quando os outros medicamentos mais comuns, falharam. Incluem os agentes biológicos (por exemplo medicamentos anti-TNF), colchicina e talidomida. No tratamento prolongado com corticosteróides, a osteoporose pode ser prevenida usando medicamentos contendo cálcio e vitamina D. Os medicamentos que previnem as tromboses e oclusão de vasos sanguíneos podem ser prescritos (aspirina em dose baixa) e, em casos de hipertensão arterial, também medicamentos para controle da pressão arterial. A fisioterapia pode ser necessária para melhorar a as alterações musculo-esqueléticas. Pode ser necessário apoio psicológico e social para o paciente e para a sua família.